A Farsa da Prosperidade

Não há dúvidas de que Jesus é o Mestre, O Senhor, aquele a quem devemos seguir, o maior e melhor homem, guia, conselheiro, guru, mestre e sábio que já pisou este chão. Nenhum outro foi, é nem será melhor do que Ele. Sabendo isso, elaboramos 2 argumentos importantes:
  1. Sendo Jesus o Mestre e Senhor, então suas opiniões, seus ensinos e mandamentos são nosso modo de vida. A opinião de Jesus é a que vale, e não a nossa, até porque Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, A Verdade e a Vida”.(João 14:6). Ser “A Verdade” significa que Ele tem razão, Ele está certo, pois a Verdade é uma só e não muda. Assim, nós devemos nos moldar à Verdade.
  2. O Bom Mestre vive o que ensina. Jesus provou ser o melhor mestre que o mundo já conheceu. Ele demonstrou em sua conduta, em seu modo de vida e em suas escolhas tudo aquilo que ensinou. Sua vida é o exemplo para seus seguidores, àqueles que se dizem cristãos. Devemos imitá-lo.
Tendo em mente estas duas premissas, fica fácil desmascarar qualquer doutrina e preceito de homens, ensinos que nada tem a ver com a pura e sã doutrina de Cristo, o verdadeiro evangelho eterno. As igrejas estão cheias de pastores que não seguem as lições do Soberano e Supremo Pastor das ovelhas, ensinando, exigindo e obrigando as ovelhinhas de Jesus algo que Ele, o Mestre, jamais ensinou, exigiu nem obrigou os seus pequeninos. Uma destas doutrinas falsas é a Teologia da Prosperidade, a idéia de que a riqueza é promessa de Deus garantida na Bíblia e que, portanto, todo crente fiel deve ser rico, obtendo a chamada “vida abundante”.
            Utilizando o argumento 1, pergunto: qual a opinião de Jesus a respeito? Jesus defendeu esta teologia? Ele ensinou e declarou favoravelmente ou não? Estas questões são fáceis de responder, pois a bíblia contém todos os ensinos do Mestre:
 
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mateus 6:19 
 
Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos, Mateus 10:9 
 
E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. Lucas 12:15 
 
Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus. Lucas 12:21 
 
            Contando também com as cartas dos apóstolos, homens estes que seguiram à risca a doutrina de Cristo, observamos ensinos que contrariam a doutrina da Prosperidade:
 
Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. 1 Timóteo 6:8 
 
Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. 1 Timóteo 6:9 
 
Mas o irmão de condição humilde glorie-se na sua exaltação, e o rico na sua insignificância; porque ele passará como a flor da erva. Tiago 1:9,10 
 
            Agora, com base no argumento 2, que diz que o bom mestre é o que vive aquilo que ensina, analisemos a vida de Jesus, pois se ele pregou riqueza e prosperidade, deve ter vivido isto. Ninguém promete algo que não tem! Se Jesus realmente prometeu riquezas, deve ter dado exemplo do que é “prosperidade”, ou uma “vida abundante”.
 
E teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. Lucas 2:7 
 
Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. Mateus 8:20 
 
Mas Jesus lhes disse: Dai-lhes vós de comer. Responderam eles: Não temos senão cinco pães e dois peixes. Lucas 9:13 
 
Dizei à filha de Sião: Eis que aí te vem o teu Rei, humilde, montado em um jumento, em um jumentinho, cria de animal de carga. Mateus 21:5 
 
            Jesus não ostentou riqueza em nenhum momento. Ele nasceu em um curral, não em um castelo. Ele não tinha casa própria nem casa de campo. Vivia de doações e ajuda. Andava a pé de cidade em cidade, não possuindo meio de transporte algum, como cavalo ou carruagem. Ás vezes utilizava um barquinho e outra vez entrou em Jerusalém de jumentinho, ambos emprestados. Celebrou a última ceia em uma sala também emprestada. Foi sepultado em um túmulo que não era seu. Enfim, cai por terra a doutrina da prosperidade. Esta absolutamente não é doutrina de Cristo.

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